A procissão:
Essa história se passou na época em que Camocim era como as vilas de interior, com suas casas distantes umas das outras. Contam que uma mulher visitava diariamente a irmã que estava de resguardo e fazia sempre o mesmo caminho, a rua do 25 (Rua do Cemitério). Em uma dessas tardes ela demorou mais na casa da irmã, que lhe pediu que não fosse por aquele caminho, que ficasse para dormir… Mas ela foi. No meio do caminho, ela avistou uma procissão que ia em direção à velha capela do cemitério. Por ser fofoqueira e a procissão ser mesmo grande ela perguntou o que era aquilo. Uma mulher vem e lhe dá uma vela enorme e diz que reze por aquelas almas. Ela olha a vela e vê que, na verdade, era um osso. Volta a vista para a procissão e vê que ela não está mais lá. Todos haviam sumido numa fração de segundo. ( Maria Ximenes., 69 anos, Camocim – Ce)