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O que é o GRELF?
A Literatura Fantástica (LF) constitui, ao mesmo tempo, um dos gêneros mais contraditórios e menos delimitados da literatura moderna. Até hoje não existe uma teoria inteiramente satisfatória, de forma que todas as teorias existentes, quando aplicadas ao texto literário, encontram rapidamente seus limites. Por outro lado, a LF é um dos gêneros mais diversificados incluindo, dependendo da perspectiva do crítico, os seguintes subgêneros: o fantástico no sentido restrito, o maravilhoso, o estranho (e seu subgênero, o texto policial), a literatura de terror, a ficção científica (SF), o realismo mágico, a high fantasy (por exemplo, The Lord of the Rings de Tolkien), o romance gótico, o conto de fadas e até o absurdo. No mesmo momento, sua compreensão diante de gêneros contíguos, como o absurdo, o realismo mágico, o romance gótico, a utopia e a alegoria se torna altamente problemática.
A proposta do GRELF é a pesquisa acerca da LF, lato sensu, tanto na teoria, como na aplicação desta, como abordagem crítica e interpretativa, ao texto literário. O GRELF não pretende se limitar à literatura de uma única língua, de forma que os textos abordados pertencerão às literaturas em língua inglesa (literatura inglesa, norte-americana e irlandesa, entre outras), em língua portuguesa (brasileira e portuguesa), em língua espanhola (espanhola e latino-americana em geral), e todas as outras literaturas nacionais da cultura ocidental, como a alemã, a francesa e a russa.
No primeiro momento dos trabalhos, o GRELF se propõe a estudar e discutir algumas teorias básicas do Fantástico, como a sistematização de Todorov, as ideias de Louis Vax e de Filipe Furtado.
Paralelamente a essa indagação teórica se ensaiará a leitura e discussão de textos clássicos do fantástico (basicamente obras do século XIX, como E. Allan Poe, J. Potocki, Gérard de Nerval, E.T.A. Hoffmann, T. Gautier, Prosper Mérimée, C. Dickens, H. de Balzac, Sheridan LeFanu, G. de Maupassant, R. L. Stevenson, Henry James, H. G. Wells e outros). Essa discussão deverá dar respostas, pelo menos tentativas, sobre a validade e aplicabilidade das teorias discutidas, tanto como uma primeira tentativa de delimitar a LF como gênero.
O segundo momento incluirá o estudo de outros teóricos como H. P Lovecraft, Victor Bravo, Irene Bessiére, Rosemary Jackson e Irlemar Chiampi. A partir dessas leituras que compõem uma análise do Fantástico Tradicional, o GRELF abordará as Literaturas Fantásticas ditas Moderna e Contemporânea, com os seguintes objetivos:
Histórico do GRELF
O GRELF surgiu em 2002, dos estudos desenvolvidos por Vicente Jr e Marton Tamas Gemes, na UVA e posteriormente na UFC, onde o Grupo de Pesquisa foi oficialmente formado. Graças ao GRELF, foram realizados o I e o II ECELF (Encontro Cearense de Literatura Fantástica), com a participação dos maiores nomes da LF no Ceará. Implantado na UVA, como projeto de extensão, o GRELF, com o empenho de todos os seus componentes, pretende estudar, pesquisar e publicar LF.
No primeiro momento dos trabalhos o GRELF se propõe a estudar e discutir algumas teorias básicas do Fantástico, como as de Todorov, de Louis Vax, Filipe Furtado e teóricos mais recentes como Victor Bravo e Rosemary Jackson. Paralelamente a essa indagação teórica faremos a leitura e a discussão de textos clássicos do fantástico (primeiramente obras do século XIX, como E. Allan Poe, J. Potocki, Gérard de Nerval, E.T.A. Hoffmann, T. Gautier, Prosper Mérimée, C. Dickens, H. de Balzac, Sheridan LeFanu, G. de Maupassant, R. L. Stevenson, Henry James, H. G. Wells etc). Essa discussão deverá dar respostas pelo menos tentativas sobre a validade e aplicabilidade das teorias discutidas, tanto como uma primeira tentativa de delimitar a LF como gênero.
A partir dessas leituras que compõem uma análise do Fantástico Tradicional, o GRELF abordará as Literaturas Fantásticas ditas Tradicionais, Modernas e Contemporâneas, com os seguintes objetivos:
1. Discutir esses autores e sua contribuição à teoria da LF;
2. Compreender os conceitos stricto sensu e lato sensu da LF;
3. Pesquisar e catalogar narrativas sobrenaturais que ajudarão a compor um Bestiário do Fantástico no Ceará;
4 . Relacionar LF com audiovisual em obras cinematográficas que colaboram com a teoria, podendo eventualmente produzir essas obras.
Com isso, haverá uma diversificação dos estudos (poderá ser incluído neste momento também a discussão do Fantástico em áreas fora da literatura, como o cinema, a pintura, o quadrinho, o RPG, etc.), no sentido que os integrantes do GRELF poderão trabalhar individualmente certos aspectos do fantástico e da sua teoria, ou autores ou obras a partir da sua livre escolha. Mesmo assim, o GRELF será mantido como um fórum permanente de troca de ideias e de ajuda mútua.
O GRELF2 está aberto imediatamente aos aficionados do Sobrenatural, mas conta principalmente com a simpatia dos estudantes de Letras do Estado do Ceará, bem como de alguns de seus professores, além dos amantes da Literatura do Brasil, das Américas e do resto do mundo., pois temos contatos importantes em universidades portuguesas e da América Latina.
Divisão
O GRELF2 contará com dois grupos de 11 aprendizes comandados por 1 mestre divididos em segmentos característicos.
1 – Grupo dos Vampiros – pesquisadores de livros, buscam as fontes, cuidam da teoria sobre a LF. A eles compete compilar a teoria da LF, organizar o debate, fazer a discussão com os mestres e com os Lobos.
2 – Grupo dos Lobos – pesquisadores dos espaços, entram em contato com o corpus, efetivam na prática o estudo da LF. A eles compete compilar as narrativas orais, avaliá-las primeiramente, submeter às discussões com os mestres e com os Vampiros, bem como organizar um Bestiário da LF cearense.
Aqueles que participarem indiretamente do grupo, por exemplo, sem assiduidade, entram hierarquicamente em outras categorias: Elfos, Gnomos, Fadas, Bruxas etc.
Organização
1 – O GRELF, como a Távola Redonda ou a Santa Ceia, será composto por 12 membros efetivos, portanto, sem a presença de Judas ou Lancelot.
2 – O GRELF possuirá ainda lugar para 12 colaboradores, que poderão assistir às reuniões de estudo do grupo.
3 – O Grupo dos 12 membros efetivos será hierarquizado da seguinte forma:
a) Teóricos do Fantástico – Denominados Unicórnios
b) Ficcionistas do Fantástico – Denominados Vampiros ( homens) e Bruxas ( mulheres).
c) Pesquisadores do Fantástico – Lobisomens
4 – Os 12 colaboradores receberão o grau hierárquico conforme seu desempenho, podendo ocupar a vaga de algum membro efetivo que, por algum motivo, for desligado do GRELF. Antes disso, todos serão Duendes (homens) ou Fadas (mulheres).
Encontros
1 – O GRELF se reunirá toda sexta-feira 13 de cada mês. Sendo previstas 12 reuniões por ano, salvo os casos extraordinários. Cada participante terá o direito de faltar, se for o caso, a 4 reuniões. Excedido esse limite será automaticamente desligado do grupo.
2 – O Grupo deve manter contato semanal obrigatório pela Internet, principalmente depois que o site estiver operando