Neblina:
Fran Nascimento
Era uma noite escura e fria na qual a lua se retrai e da espaço a penumbra noturna. Um grupo de amigos desbravava as aventuras noturnas em uma sexta feira dia 13, aniversario de uma das amigas do grupo. Levados pela curiosidade do desconhecido, os jovens montaram acampamento em um ponto da cidade chamado de Pedra de Súcubo.
Desanimados pelo frio dominador, Sara resolve iniciar uma narrativa de terror, a fim de prender e atiçar o imaginário dos colegas.
— Em uma noite de outubro em uma pacata cidade, trabalhava marcos um guarda. Marcos estava acostumado a ver de tudo um pouco nas madrugadas da cidade, mas, em uma noite chuvosa com aspecto quase fúnebre, ele foi surpreendido por uma jovem moça loira de pele pálida, que aparentava ter cerca de 20 anos de idade, ela corria pela rua com muita euforia e desespero. Em seu relógio marcavam 03h00min, o guarda preocupado decidiu ir atrás da moça, afim, de oferecer ajuda, mas aos poucos a jovem sumiu nas ruas entrecortadas do bairro de numero 666. Noites se passaram, mas a figura da moça não se dissipava da cabeça do guarda, pois ele nunca antes havia visto aquela jovem na cidade. Passado alguns meses, a mesma cena aconteceu, mas dessa vez a curiosidade falou mais alto. Marcos correu com rapidez, afim, de descobrir a identidade da moça. Na euforia do momento marcos não percebeu que ele adentrara na rua do cemitério local. Entretanto, algo sobrenatural não passara despercebido aos seus olhos, a beleza da moça dá espaço a um semblante desfigurado, seu perfume que antes exalava, fora substituído por um forte cheiro de enxofre e seu corpo quase desnudo deixa aparecer as curvas em chamas. Essas chamas invadiam o corpo da jovem e aos poucos Marcos não consegue mais vê-la, a jovem some junto com a neblina que marca o nascer da aurora. Aquela cena se passava diante dos olhos de Marcos, mas ele permanecia inerte, seu coração pulsava com uma ferocidade quase sobre humana, sua face não tinha mais cor, embora ele sentisse o seu sangue se espalhar pelo corpo de forma violenta. Ainda quase desfalecido sentia lentamente seus batimentos voltarem a sua habitual atividade e a consciência voltava a habitar sua mente. Um tanto perturbado e sem entender o que se passara, o homem retorna a sua casa. Tempos depois ele descobre através de relatos que a jovem a qual vira, se tratava de uma curandeira que viveu há muitos tempos atrás naquela mesma cidade. Devido a suas praticas ela foi considerada como praticante de bruxaria, passando a ser chamada por todos de bruxa. Como castigo ela foi perseguida pelas ruas e incendiada, mas a jovem conseguiu fugir, porém as chamas já haviam devorado todo seu corpo, levando-a a morte.
Ao final da narrativa muitos dos amigos se encontram quase adormecidos e o frio que antes castigava se torna parte do cenário de uma noite agradável. Todos dormem, quando o silencia habitual do cenário noturno é cortado por gritos de desespero, angustia e apelo:
—Socorroo!!!
Frio, estridente e seco o som do pedido ecoou por todo o acampamento, fazendo com que todos despertassem. Os jovens se entreolharam com desespero e agitação como quem acorda de um pesadelo. Olharam em volta e não vislumbram nada além de uma espeça neblina que venda a todos. Assustados e estáticos esperaram emergir a voz que antes suplicou por ajuda, mas nada apareceu além da claridade do dia que expulsava a penumbra da noite.